Entre raízes africanas e européias, Brasil e Cuba celebram a beleza da América Latina nas vozes de Maria Bethânia e Omara Portuondo, duas veteranas consagradas pelo tempo e adoradas pela história. A idéia veio da brasileira que, em 2005, efetuou o convite à Omara, uma das grandes intérpretes do documentário Buena Vista Social Club do realizador alemão Wim Wenders. O encontro resultou em um excelente disco, lançado pela gravadora Biscoito Fino.
No último sábado, 15, as duas encerraram a temporada carioca, numa noite chuvosa e emocionante. Para quem teve a oportunidade de ir ao Canecão, mesmo com o quase desdém por parte do público, que - não se contendo com os celulares, as conversas e as latas se abrindo – batiam palmas desnecessárias, semelhantes às dos extintos showmícios, a noite foi inesquecível na Cidade Maravilhosa.
No repertório, além de quase todas as músicas do disco, estavam canções de indubitável importância para se compreender a complexidade da música latina como manifestação cultural e beleza estética. A Abelha Rainha e Omara entram no palco com um grupo de músicos de extrema competência: arranjos, regência e violões, Jaime Alem e Swami Jr.; piano e acordeom, João Carlos Coutinho; baixo, Jorge Helder; percussão, Marcelo Costa, Andrés Coayo e Claudinho Brito.
Abriram o espetáculo com Cio da Terra (Milton Nascimento e Chico Buarque), que certamente traduz o significado do encontro. As composições de Chico Buarque aparecem em outros momentos: Gente Humilde, composta com Vinicius de Moraes e Garoto; Partido Alto e O Que Será? (À Flor da Terra). Esta, como parte do repertório, teve sua versão em espanhol cantada pela cubana.
No decorrer da apresentação, nos é apresentado o resultado de uma vasta pesquisa musical, em ambos os territórios. Assim como as cantoras encontram semelhanças entre seus ancestrais, muitas são as canções que se mostram análogas. Caipira de Fato (Adauto Santos) e El Amor de Mi Bohío (Julio Brito) são algumas delas.
Ouve-se Luiz Gonzaga Jr. (Gonzaguinha) em dois momentos marcantes deste belíssimo encontro. O primeiro, Bethânia canta Começaria Tudo Outra Vez (canção que vem acompanhando sua carreira); o segundo, para encerrar com a suavidade de duas rosas, Maria Bethânia e Omara Portuondo interpretam Palabras (Marta Valdés) e Palavras do eterno Gonzaguinha. No final, a sensação de que, apesar dos pesares, há muito que se comemorar na rica América Latina.
No último sábado, 15, as duas encerraram a temporada carioca, numa noite chuvosa e emocionante. Para quem teve a oportunidade de ir ao Canecão, mesmo com o quase desdém por parte do público, que - não se contendo com os celulares, as conversas e as latas se abrindo – batiam palmas desnecessárias, semelhantes às dos extintos showmícios, a noite foi inesquecível na Cidade Maravilhosa.
No repertório, além de quase todas as músicas do disco, estavam canções de indubitável importância para se compreender a complexidade da música latina como manifestação cultural e beleza estética. A Abelha Rainha e Omara entram no palco com um grupo de músicos de extrema competência: arranjos, regência e violões, Jaime Alem e Swami Jr.; piano e acordeom, João Carlos Coutinho; baixo, Jorge Helder; percussão, Marcelo Costa, Andrés Coayo e Claudinho Brito.
Abriram o espetáculo com Cio da Terra (Milton Nascimento e Chico Buarque), que certamente traduz o significado do encontro. As composições de Chico Buarque aparecem em outros momentos: Gente Humilde, composta com Vinicius de Moraes e Garoto; Partido Alto e O Que Será? (À Flor da Terra). Esta, como parte do repertório, teve sua versão em espanhol cantada pela cubana.
No decorrer da apresentação, nos é apresentado o resultado de uma vasta pesquisa musical, em ambos os territórios. Assim como as cantoras encontram semelhanças entre seus ancestrais, muitas são as canções que se mostram análogas. Caipira de Fato (Adauto Santos) e El Amor de Mi Bohío (Julio Brito) são algumas delas.
Ouve-se Luiz Gonzaga Jr. (Gonzaguinha) em dois momentos marcantes deste belíssimo encontro. O primeiro, Bethânia canta Começaria Tudo Outra Vez (canção que vem acompanhando sua carreira); o segundo, para encerrar com a suavidade de duas rosas, Maria Bethânia e Omara Portuondo interpretam Palabras (Marta Valdés) e Palavras do eterno Gonzaguinha. No final, a sensação de que, apesar dos pesares, há muito que se comemorar na rica América Latina.
Um comentário:
Caro Gabriel,
Que "Vozes da América" represente o começo de uma nova era do jornalismo cultural brasileiro, apresentando ao país, quiçá ao mundo, um comunicador social que represente fielmente a riqueza de nossa cultura.
Sem demagogia e sem mais delongas,
Thiago Teixeira da Silva.
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=4287074270940967056 (Meu orkut)
http://vidaemformadepoesia.blogspot.com/ (Meu blog)
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